Piratini confirma resultado de leilão e prepara contrato das Concessões de Rodovias

05/18/2022

03:31:56 PM

Vale do Taquari

O governo estadual homologou o resultado do leilão dos pedágios no bloco 3. O aval foi publicado ontem no Diário Oficial do RS e agora a vencedora precisa confirmar as garantias financeiras.

Para assumir a concessão, a vencedora deve apresentar o montante de pelo menos R$ 227 milhões como capital social, depositar R$ 6,8 milhões como aporte ao desconto oferecido e comprovar o valor de R$ 341 milhões para garantir a execução das obras previstas no edital.

Cumprida essa etapa, Estado e concessionária podem assinar o contrato em até 120 dias. O leilão ocorreu no dia 13 de abril, na bolsa de valores em São Paulo. As empresas Gregor e Silva & Bertoli formaram o consórcio Integrasul e apresentaram a única proposta para assumir o bloco três, onde estão rodovias da Serra e do Vale do Caí. O desconto mínimo de 1,3% foi considerado baixo por líderes das regiões.

Nem mesmo o pedido de suspensão feito por deputados das localidades e também pelo setor produtivo fez o Estado mudar de ideia. O preço da tarifa de pedágio nas ERSs 122, 240, 287, 446 e 453 vai de R$ 6,84 a R$ 9,82.

O bloco 3 tem as obras de infraestrutura mais complexas do ponto de vista técnico entre os demais trechos. São cerca de 40 viadutos e elevadas em terrenos acidentados, com necessidade de detonação de rochas e interrupções de tráfego.

O lote tem 271,5 quilômetros. Pelo edital, quase 120 terão que ser duplicados. O investimento estipulado para 30 anos se aproxima dos R$ 3,5 bilhões.

Na quinta-feira passada, 12 de maio, a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do RS (Agergs) aprovou as diretrizes do edital para concessão das rodovias do bloco 2, onde estão trechos do Vale do Taquari.

Essa é a última etapa antes da concorrência. Caso aprovado pelo conselho, o Estado terá garantia legal para iniciar o processo de leilão.

Os trechos das rodovias ERSs 128, 129, 130 e 453 na região estão no pacote de investimentos. No conjunto do lote, com estradas de Passo Fundo, indo até Venâncio Aires o orçamento para obras supera os R$ 4 bilhões em 30 anos.

A previsão do Estado é publicar o certame até o fim deste mês. O setor produtivo regional, por meio da Câmara da Indústria e Comércio da região (CIC-VT) mantém a posição contrária ao plano do Estado. Conforme o presidente da CIC-VT, Ivandro Rosa, a entidade junto com a Federasul tenta agendar uma reunião com o governador Ranolfo Vieira Jr. Para ele, o pacote de investimentos não atende as prioridades locais.

Em meio ao processo de troca da concessão, líderes locais criticam a morosidade da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) em fazer a manutenção, em especial no trecho de Cruzeiro do Sul a Mato Leitão.

Estava marcada uma reunião para hoje. Mas o encontro foi remarcado para amanhã, às 10h, na sede da estatal em Porto Alegre. A principal reivindicação dos líderes é quanto a falta de um cronograma de obras na RSC-453, principal rodovia que liga os vales do Taquari e Rio Pardo.

Estão confirmadas as presenças dos prefeitos João Dullius, de Cruzeiro do Sul, Jarbas da Rosa, (Venâncio Aires), Carlos Bohn, (Mato Leitão), e do presidente da Amvat e prefeito de Colinas, Sandro Herrmann.
“O usuário está cansado de pagar pedágio e não ter as mínimas condições de segurança em transitar pela 453. Sabemos que o contrato com a EGR é frágil e prevê apenas manutenção, mas é preciso um trabalho melhor elaborado nesta estrada”, reforça o presidente da Amvat.

Fonte: Grupo A Hora

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