cover
Tocando Agora:

Aeródromo de Estrela recebe 20 voos por mês

Pista de grama é usada por aeronaves privadas e para treinamentos de pilotos. Líderes reforçam pedido por pavimentação

Aeródromo de Estrela recebe 20 voos por mês
Foto - Gabriel Santos

O aeródromo regional de Estrela registra em média, 20 operações aéreas particulares por mês, entre pousos e decolagens. Somente nos últimos quinze dias, foram dez voos, conforme dados do portal FlightAware, que monitora a movimentação de aeronaves em todo o país. Os registros incluem deslocamentos entre cidades como Concórdia, Bauru, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul e Rio Pardo.

Segundo o responsável pela administração do espaço, Marcos Müller, o aeródromo recebe cerca de cinco voos semanais, número que pode variar conforme as condições climáticas. “Chegamos a receber até oito voos em algumas semanas, porém o espaço ainda é limitado e dependemos do tempo para operar. Todos os voos são privados”, explica.

Inaugurado em novembro de 2017, o aeródromo é administrado pela Empresa Pública de Logística de Estrela (E-Log) e passou por adequações até receber a autorização de funcionamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A estrutura conta com pista não asfaltada de mil metros por 18 de largura, além de hangares. O local, contudo, não possui sistema de balizamento noturno nem abastecimento de combustível, o que impede operações durante a noite e limita o tipo de aeronave que pode utilizar o espaço.

Treinamentos de pilotos

Além dos voos privados, a pista de Estrela também serve como ponto de treinamento para alunos da Escola de Aviação de Eldorado do Sul. De acordo com o piloto e instrutor Iuri Dias, o local é usado semanalmente para os chamados voos de toque e arremetida, parte do treinamento prático dos alunos do curso de piloto comercial.

“Os voos saem de Eldorado e seguem até Estrela para os exercícios de pouso e decolagem. É uma pista com características diferentes, de grama e leves ondulações, o que ajuda na formação dos pilotos”, destaca Dias. Ele reforça, contudo, a importância da manutenção constante da pista, que precisa estar com o corte baixo e em boas condições para garantir segurança nas operações. “Em dias de chuva, por exemplo, é preciso aguardar mais de 24 horas para a secagem completa”, afirma.

Projeto de ampliação

O debate sobre a qualificação do aeródromo voltou à pauta nas últimas semanas, impulsionado por empresários e lideranças regionais que utilizam o espaço com frequência. A principal reivindicação é a pavimentação e elevação da pista, hoje de grama, para ampliar a capacidade de operação e receber aeronaves de maior porte.

O projeto, orçado em R$ 15,6 milhões, foi apresentado pela CIC-Vale do Taquari à bancada gaúcha no Congresso Nacional, na última semana. O plano prevê a pavimentação da pista de mil metros, instalação de sistema de drenagem e sinalização conforme as normas da Anac, além da implantação de balizamento noturno, cercamento da área e asfaltamento do acesso ao local.

A proposta foi entregue ao líder da bancada gaúcha, deputado Marcelo Moraes (PL). Um projeto também foi protocolado no governo do estado pelo governo de Estrela com a intenção de captar recursos via Funrigs.

Histórico de voos

Conforme registros do portal FlightAware, entre 15 de outubro e 2 de novembro, duas aeronaves particulares utilizaram a pista de Estrela em diferentes rotas.

Data | Origem / Destino |

15/10 | Bauru → Estrela

16/10 | Concórdia → Estrela

20/10 |Rio Pardo → Estrela |

22/10 | Frederico Westphalen → Estrela

23/10 | Estrela → Estrela (voo local)

26/10 | Concórdia → Estrela

27/10 | Porto Alegre → Estrela

28/10 | Santa Cruz do Sul → Estrela

31/10 | Concórdia → Estrela

02/11 | Rio Pardo → Estrela


Fonte: Grupo A Hora