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Inter aperta o ritmo, adota clima de decisão e veta mais folgas até jogo contra o Ceará

Com cinco jogos sem vencer e risco real de rebaixamento, clube aposta em concentração máxima e ajustes pontuais para reagir na competição

Inter aperta o ritmo, adota clima de decisão e veta mais folgas até jogo contra o Ceará
Foto: Ricardo Duarte / Inter / CP

A uma altura do campeonato em que cada ponto pode definir o destino de um clube, o Inter entra nos últimos dias antes da reta final do Brasileirão em estado de alerta máximo. A direção e a comissão técnica intensificaram o ritmo de trabalho, com o objetivo de elevar o nível de mobilização e atenção do grupo para os cinco jogos que restam. A ordem é não deixar brechas, cuidar de todos os detalhes e transformar as próximas partidas em verdadeiras decisões.

Após o empate com o Bahia, no último sábado, no Beira-Rio, o elenco colorado ganhou dois dias de folga, mas, a partir da reapresentação, a palavra de ordem passou a ser trabalho. O técnico Ramón Díaz e sua comissão decidiram que não haverá mais descanso até o jogo contra o Ceará, marcado para 20 de novembro, em Fortaleza.

A campanha recente do Inter preocupa. O time não vence há cinco rodadas, somando apenas dois pontos nesse período. Além disso, marcou somente dois gols nas últimas cinco partidas, desempenho muito aquém das expectativas e insuficiente para garantir tranquilidade na luta contra o rebaixamento. Na conta da direção, duas vitórias nas cinco rodadas finais seriam suficientes para assegurar a permanência na Série A, mas, para isso, o time precisará mostrar algo que ainda não conseguiu nas últimas semanas: eficiência ofensiva e consistência defensiva.

A sequência que se avizinha é desafiadora. Depois do confronto com o Ceará, fora de casa, o Inter ainda terá quatro jogos, sendo dois no Beira-Rio e dois como visitante. Pega, logo depois, Santos, em casa, Vasco e São Paulo fora, e encerra o Brasileirão contra o Bragantino no Beira-Rio. A estratégia da comissão técnica passa por preparar o grupo não apenas do ponto de vista físico e tático, mas também emocional.

Ramón Díaz, que tem buscado manter um discurso otimista, apesar da pressão, sinalizou que pretende manter o esquema utilizado contra o Bahia, quando escalou o time com dois zagueiros, dois volantes e três atacantes. Segundo o treinador, a formação deu maior equilíbrio entre defesa e ataque e proporcionou uma equipe mais próxima do que ele considera ideal. Assim, o sistema com três zagueiros, testado em outras rodadas, será deixado de lado, ao menos neste momento decisivo.

A comissão técnica também quer aproveitar o intervalo da Data Fifa para recuperar jogadores e ajustar a parte física, já que o grupo vem sentindo o peso da sequência de partidas sob pressão. Contra o Bahia, por exemplo, cansou no final e proporcionou o empate. A partir de agora, o tempo é curto e, a margem de erro, mínima. Por isso, a crença é que cada treino, cada ajuste e cada detalhe podem definir o futuro colorado.


Fonte: Correio do Povo