Estrela torna antigo prédio da Polar patrimônio histórico
Medida abre caminho para a criação de um centro de cultura e gastronomia

A prefeitura de Estrela publicou o decreto que confirma o tombamento do prédio da antiga Polar. A medida estabelece a proteção da estrutura como bem com valor histórico para o município. Durante reunião com o Ministério Público Federal (MPF) e representantes do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), o governo municipal apresentou a nova legislação que regulamenta o tombamento no município.
O processo segue agora para análise técnica. O CAU tem dez dias para se manifestar sobre a documentação entregue. Caso o parecer seja favorável, o processo será encerrado. A prefeita Carine Schwingel afirma que a decisão busca evitar perdas na estrutura e garantir condições para o início de um plano de uso. Segundo ela, as paredes com condição de sustentação serão mantidas.
A gestora também declara que o local faz parte de sua vivência pessoal e profissional. Durante o período em que ocupou cargo secretária de Cultura do município, capitaneou ações visuais no prédio como forma de evitar descarte e ocupação irregular.
Com a formalização do tombamento, o município passa a tratar a área com regras específicas de preservação. O prédio não poderá ser alterado ou removido sem aprovação do novo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural, que reúne representantes de diferentes setores. A estrutura também passa a ser objeto de políticas públicas voltadas à conservação.
Projeto entregue ao Estado
Paralelamente à publicação do decreto, a prefeitura entregou ao governo do Estado um projeto de intervenção no prédio. O objetivo é obter recursos para executar uma obra de recuperação e estruturar no local um centro voltado à cultura e à gastronomia. A proposta foi apresentada a diferentes secretarias, e o governo estadual manifestou apoio ao plano.
A proposta prevê restauração física e concessão do prédio para operação por parte do setor privado. A gestão municipal pretende estabelecer exigências de uso com foco em cultura, turismo e serviços com retorno econômico. Caso o repasse estadual não ocorra, a prefeitura avalia alternativas com financiamento próprio ou por meio de parcerias com investidores.
A prefeita afirma que o prédio da Polar poderá abrigar atividades abertas ao público, além de ações voltadas à valorização da cidade. A concessão, segundo ela, seguirá regras definidas por meio de edital, com metas de uso e prazo de execução.
O tombamento da Polar é o primeiro caso oficial amparado pela nova legislação municipal. A câmara aprovou uma lei que define critérios para proteção de bens históricos, culturais e naturais. A norma também criou um conselho para deliberação de tombamentos e um fundo destinado a financiar ações de preservação.
Fonte: Grupo A Hora