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Trump revela combinação de encontro com Lula na próxima semana

Presidente americano citou presidente brasileiro em seu discurso: “Eu gostei dele”

Trump revela combinação de encontro com Lula na próxima semana
Foto: Brendan Smialowski / AFP

Entre os diversos assuntos que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou em seu discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU um deles foi o Brasil. E Trump comentou que tem uma combinação de encontrar Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana. A data, porém, não foi especificada.

"Vamos nos reunir na semana que vem, caso alguém esteja interessado", declarou Trump na ONU minutos após o discurso de Lula, no qual criticou as tarifas e sanções impostas por Washington.

O norte-americano disse que antes mesmo dos discursos, eles se falaram rapidamente. “Nos abraçamos. Ele parece ser um homem bom. Ele gostou de mim e eu gostei dele”, afirmou.

Apesar do gesto diplomático, Trump fez críticas ao Brasil. Ele afirmou que o País "enfrenta grandes tarifas por tentar censurar cidadãos americanos" e acusou o governo brasileiro de "perseguir opositores políticos nos EUA". O republicano contou que passou por Lula ao subir ao púlpito e "não imaginava falar isso sobre o Brasil", mas defendeu que medidas tarifárias são um "mecanismo de defesa para os americanos" e uma forma de "garantir a soberania dos EUA".

Trump reiterou que seu governo busca "acordos comerciais justos e recíprocos com todos os países do mundo", mas deixou claro que continuará a usar tarifas como instrumento de pressão quando considerar os interesses dos EUA ameaçados.

Desde agosto, o governo norte-americano impôs ao Brasil tarifas de 50% sobre produtos de origem brasileira. A medida também relação com processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que acabou condenado no julgamento que investigou a tentativa de golpe de Estado.

Antes de Trump, Lula foi o primeiro líder mundial a discursar na Assembleia da ONU. Em sua manifestação, o chefe de Estado brasileiro enviou um recado direto ao colega americano sem citá-lo nominalmente.

O petista disse que o Brasil, "mesmo sob ataque sem precedentes", decidiu "resistir e defender sua democracia". Segundo ele, "em todo o mundo, forças antidemocráticas tentam subjugar as instituições e sufocar as liberdades, cultuam a violência, exaltam a ignorância, atuam como milícias cívicas e digitais e cerceiam a imprensa".

"Não há justificativa para as medidas unilaterais e arbitrárias contra nossas instituições e nossa economia. A agressão contra a independência do Poder Judiciário é inaceitável. Essa ingerência em assuntos internos conta com auxílio de uma extrema-direita subserviente e saudosa de antigas hegemonias. Falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil. Não há pacificação com impunidade", declarou.


Fonte: Correio do Povo